Desde que iniciámos o projecto, para cumprir os objectivos de consciencializar, alertar e apelar ao sentido de responsabilidade dos órgãos sociais e lutar pela igualdade de direitos de todos os cidadãos, decidimos realizar uma palestra sobre o nosso tema. Para a realização da mesma, tivemos como objectivo ter a presença do Sr. Vereador do Urbanismo da nossa cidade, um representante de deficientes motores e um representante dos invisuais. Inicialmente, contactámos com a APD e ACAPO a fim de conseguirmos a presença de um membro de cada uma das associações. Conseguimos ter a presença de um membro da ACAPO mas não foi possível ter um representante da APD porque não responderam ao mail que foi enviámos. Devido a não haver representante da APD, contactámos com um senhor que vive na nossa cidade e que é deficiente motor, com a finalidade de o convidar a participar na palestra e dar o seu testemunho das dificuldades que tem ao nível da sua mobilidade na nossa cidade.
Apesar de termos a presença de um Sr. invisual da ACAPO, tivemos também a presença de outro residente em Caldas da Rainha que melhor saberia indicar as barreiras que encontra no seu dia-a-dia ns nossa cidade. A presença do Sr. Vereador do urbanismo também foi um objectivo conseguido depois de uma reunião com o mesmo, com os membros do nosso grupo e com a professora de APR. A realização da palestra e a presença destes membros na mesma foi mais um objectivo conseguido.
Um outro objectivo que temos é manter o nosso blog actualizado e com uma boa apresentação estética e temo-lo feito pois, sempre que podemos, colocamos textos, fotografias e filmes para a sua actualização. Para além disso, também já trabalhámos um pouco na sua estética colocando links e outros.
Os nossos próximos objectivos são: a realização de um relatório intercalar a pedido da professora de APR; a elaboração do cartaz e do relatório final para o Concurso Cidades Criativas; continuar a personalização, a actualização, o aperfeiçoamento e o enriquecimento do blog.
Nas últimas aulas, temos andado a personalizar o portfólio e a concluir o relatório intercalar para a disciplina de APR.
Hoje, entregámos o relatório, continuámos a personalização do portfólio e enviámos o texto de resposta ao desafio, para quem não participou no "CCC on the road", para as Cidades Criativas. Para finalizar a aula, colocámos aqui um pouco do trabalho desenvolvido hoje.
Até à próxima!
Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis
Bertold Brecht
Na aula de hoje, focalizámos o nosso trabalho no Relatório Intercalar e no nosso Portfólio. Aperfeiçoamos, também, o blog.
Voltaremos na sexta-feira.
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo
Bertold Brecht (1898-1956)
Apesar de já termos atingido o nosso objectivo principal (a palestra), continuamos a trabalhar para melhorar o nosso projecto.
Durante a aula de hoje, finalizámos o texto destinado ao desafio lançado pelo CCC para quem não pôde participar no "CCC on the road". Continuámos a elaboração do Relatório Intercalar e continuamos com o aperfeiçoamento do nosso Portfólio.
A notícia postada anteriormente saiu na Gazeta das Caldas Online e é referente à nossa palestra.
Até breve!
“Acessibilidades continuam esquecidas nos novos edifícios”
“Cidade 100 Barreiras” assim se designa o projecto de quatro jovens do 12º ano que juntou José Ilídio e Carlos Gomes (ambos invisuais, Carlos Mendonça, que usa cadeira de rodas, e o vereador do Urbanismo, João Aboim.
“Há uma preocupação maior com as acessibilidades, mas em relação aos novos edifícios, os construtores e quem passa as licenças, continuam a esquecê-las”. Quem o diz é José Ilídio, que se queixa sobretudo dos postes colocados no meio dos passeios e a falta de elevação das passadeiras.
Outro mau exemplo é a Galeria Osíris que, com tanta escada, “não me permite ver uma exposição”.
“Vergonhoso” foi como classificou o facto do hospital “não ter casa de banho para deficientes na sala de espera. A lei não é cumprida”, disse o convidado.
Carlos Mendonça - que num exercício de cidadania tem vindo nos últimos tempos a participar em iniciativas que visam alertar para a necessidade das cidades e dos edifícios serem projectados também em função das pessoas com mobilidade reduzida – mostrou-se esperançado que as obras em curso no Tribunal e no Museu de José Malhoa tenham em conta esta realidade.
Nas Caldas da Rainha apenas a caixa Multibanco do Centro de Juventude se encontra adaptada a quem usa cadeira de rodas.
Para o vereador João Aboim, as acessibilidades são necessárias a todos portadores de deficiências, mas também para os idosos ou pais com cadeirinhas de bebé. O autarca defendeu que o espaço público tem que voltar a ser do peão e não do automóvel, mas tal implica uma mudança de mentalidade que vai demorar alguns anos.
Para Aboim, nada melhor do que colocar finalistas de arquitectura e de engenharia civil durante um dia numa cadeira de rodas “para que estes experimentem as dificuldades e tenham as acessibilidades em conta nos seus trabalhos”. Abordou também o plano de mobilidade que está a ser estudado para as Caldas e que prevê que nalgumas áreas da cidade a obrigatoriedade dos automóveis circularem a 30 Km/hora.
Todos os convidados consideram que estes debates são fundamentais para chamar a atenção da população para esta problemática. Fátima Gregório, Inês Onofre, Sara Santos e Joana Vicente são as alunas do 12º ano que estão a trabalhar este tema.
Natacha Narciso
Olá a todos!
Hoje, foi mais um dia de trabalho na aula de Área de Projecto. Começámos a desenvolver o relatório intercalar e a redigir o texto pedido pela organização das Cidades Criativas. Estivemos também a pensar numa maneira de divulgar ainda mais o nosso blog.
Voltaremos em breve!
Na aula de hoje, estivemos a ultimar a formatação do Portfólio que, posteriormente, foi entregue à professora. Colocámos, no Blog, a “reflexão crítica do trabalho desenvolvido até à Palestra”, realizado pela Fátima e as fotografias tiradas pela professora durante a nossa Palestra .
Para as próximas aulas, iremos iniciar o desenvolvimento do relatório intercalar.
Até à próxima.
Encontramo-nos, sensivelmente, a meio do segundo período e é altura de fazer um balanço do que realizámos desde o início do mesmo.
Assim, podemos afirmar que estas semanas foram cruciais para o avanço e realização do nosso projecto, destacando-se a realização da nossa palestra - o produto principal do Projecto 100 Barreiras. O nosso foco de trabalho, desde o início do período, foi precisamente prepará-la, organizando a sua estrutura e efectuando os contactos necessários para assegurar a presença dos convidados que pretendíamos trazer à palestra mas não descurando, como é óbvio, as actualizações do nosso blog.
No âmbito da palestra, já tínhamos contactado, no primeiro período, o Sr. José Ilídio, na qualidade de representante da ACAPO, o Sr. Arquitecto João Aboim, na qualidade de Vereador do Urbanismo da CMCR e a APD que logo mostraram interesse em participar nela. O Sr. Arquitecto forneceu-nos gentilmente o contacto do Sr. Engº Carlos Mendonça, que contactámos posteriormente. Infelizmente, no caso da APD, demonstraram-se pouco interessados em cooperar com o nosso projecto.
No início deste período, tentámos contactar a Associação Salvador, da qual tomámos conhecimento através de uma reportagem SIC, mas não obtivemos qualquer resposta. Decidimos, então, contactar o Sr. Engº Mendonça com quem tivemos uma reunião muito produtiva, pois sugeriu-nos que déssemos mais ênfase aos problemas dos invisuais, já que, segundo ele, têm a vida bastante mais dificultada com as barreiras arquitectónicas que os deficientes motores. Mostrou-se prontamente disponível a colaborar connosco e a participar na nossa palestra. Contactou ainda o Sr. Carlos Gomes, falando-lhe do nosso projecto e interveio de modo a que nos conseguíssemos encontrar com ele, a fim de nos dar um testemunho, em primeira-mão, do que é ser um invisual na nossa cidade.
Deste modo, encontrámo-nos com o Sr. Carlos Gomes, na CMCR, visto que é o seu local de trabalho e acompanhámo-lo no seu percurso entre a CMCR e o café Maratona, observando atentamente e escutando as suas explicações sobre as técnicas que usa para se localizar e movimentar na rua. Ficámos, desde logo, espantadas com o dia-a-dia de um invisual. Chegados ao café Maratona, sentámo-nos e conversámos durante cerca de uma hora e meia, escutando o que o Sr. Carlos Gomes tinha para nos contar sobre a sua história de vida e as dificuldades que enfrenta na nossa cidade. Foi unânime entre os membros do grupo que a conversa que tivemos com o Sr. Carlos foi extremamente elucidativa sobre o tema mas, para além disso, foi muito enriquecedora ao nível pessoal, uma vez que todas nós nos sentimos emocionadas pelos relatos que ouvimos, dando-nos ainda mais razões para querer lutar contra as barreiras arquitectónicas. Considerou também que foi uma conversa que nos enriqueceu como cidadãs e também como seres humanos. O Sr. Carlos Gomes também se mostrou interessado em participar na nossa palestra.
Durante estas semanas, ao mesmo tempo que fomos efectuando os contactos com os nossos convidados de modo a confirmar a sua presença, acertar detalhes e horários, fomos também organizando a estrutura da palestra (presente nos anexos), que consiste apenas em linhas gerais, já que queríamos que esta decorresse com uma certa espontaneidade.
Fizemos ainda um segundo levantamento de fotos, baseado nos novos dados que tínhamos em relação às barreiras devido aos testemunhos do Sr. Engº Mendonça e o Sr. Carlos Gomes. Recorrendo a todo o historial de fotos que tínhamos, elaborámos uma apresentação em PowerPoint que apresentámos na palestra, em que colocámos os casos mais flagrantes de barreiras, as acessibilidades existentes, as tentativas de acessibilidades que na realidade não o são e, ainda, um vídeo, que anteriormente já tínhamos postado no nosso blog, e que ilustra como seria um mundo que tivesse adaptado, exclusivamente, para pessoas com deficiência. Elaborámos também outra apresentação em PowerPoint com fotos do percurso que efectuámos com o Sr. Carlos desde a CMCR até ao café Maratona que, em princípio, seria para apresentar na palestra mas que, por questões de timming, não foi possível.
Com tudo a postos, faltava apenas divulgar a palestra. Visitámos, então, o jornal Gazeta das Caldas para dar a conhecer a realização da palestra de modo a que, se possível, houvesse cobertura jornalística da mesma. Ao nível escolar, elaborámos cartazes que colámos em vários pontos da escola e distribuímos convites pelos livros de ponto das turmas que teriam aulas na hora da palestra. Divulgámos, também, entre os nossos amigos, que acabaram por ser grande parte do auditório.
Chegado o dia da palestra, estávamos todas um pouco nervosas mas, de um modo geral, correu bastante bem. Todos os objectivos para esta actividade foram cumpridos e, de facto, conseguimos sensibilizar o auditório e tivemos um feedback bastante positivo. Assim, vimos todo o nosso trabalho compensado.
Na nossa opinião e na de quem assistiu, o ponto alto da palestra foi o discurso do Sr. Engº Mendonça que o iniciou com um poema Os Alienados, de Berrold Brecht e falou um pouco da sua experiência pessoal e de como enfrentar a deficiência quando ela se torna uma realidade na nossa vida. Os testemunhos do Sr. José Ilídio e o Sr. Carlos Gomes centraram-se na parte mais técnica da questão, das barreiras arquitectónicas em si e possíveis soluções. O discurso do Sr. Eng. Aboim foi, na nossa opinião, o menos relevante devido ao facto de se ter dispersado um pouco do assunto em questão mas ficámos contentes ao saber que, depois da palestra, o Sr. Vereador ficou com mais algumas ideias que pode pôr em pratica na nossa cidade, diminuindo assim as barreiras que nela existem.
A palestra foi também acompanhada por uma jornalista da Gazeta das Caldas que tirou bastantes fotos, fez-nos uma pequena entrevista e também falou com alguns dos convidados, depois de concluída a palestra. Solicitou-nos ainda algumas fotos com exemplos de barreiras e acessibilidades que estavam presentes na nossa apresentação em PowerPoint. Aguardamos, agora, alguma publicação a respeito do nosso projecto no jornal Gazeta das Caldas.
Para concluir, o balanço deste segundo período é bastante positivo. Como grupo estamos bastante melhor na organização e distribuição de tarefas e o nosso produto final realizou-se com bastante sucesso, atingindo o objectivo máximo que era sensibilizar a comunidade para este problema. Continuaremos a trabalhar para melhorar.
Inês, Professora Cristina e Sara
Convidados e Fátima
Apresentação - Fátima
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